
Reprodução
Uma inovação científica desenvolvida por pesquisadores da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) ganhou repercussão nacional nesta semana após matéria exibida pela CNN Brasil, que destacou a criação de um canudo capaz de detectar metanol em bebidas alcoólicas. O dispositivo, ainda em fase de protótipo, pode representar um avanço importante na prevenção de intoxicações graves e mortes causadas por bebidas adulteradas no país.
O projeto é liderado pelo professor Germano Vera, do Departamento de Química da UEPB, que possui graduação, mestrado e doutorado em Química Analítica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Em entrevista à CNN, Germano explicou que o canudo funciona a partir de uma reação química simples: ao ser mergulhado na bebida, a substância impregnada em seu interior reage com o metanol — se presente — e muda de cor imediatamente.
“Imagina um canudo comum, que você impregna nas paredes uma substância reagente. Quando ele entra em contato com o líquido, é possível ocorrer reações químicas e mudanças de cor visíveis. Isso permite a identificação do metanol de forma rápida e prática”, explicou o professor.
- CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE -
O objetivo central da pesquisa é combater um problema de saúde pública: a ingestão acidental (ou criminosa) de metanol em bebidas adulteradas. Casos recentes de contaminação no Brasil, especialmente no estado do Pará, deixaram pelo menos cinco mortos e 24 casos confirmados de intoxicação, segundo dados do Ministério da Saúde, também citados pela CNN.
Simples, acessível e com potencial de uso em larga escala
Por ser produzido com materiais de baixo custo e de fácil obtenção, o canudo tem potencial para ser utilizado por órgãos de fiscalização, estabelecimentos comerciais e até pelo próprio consumidor, o que o torna uma ferramenta promissora tanto para o setor público quanto para o uso cotidiano. A tecnologia, segundo os pesquisadores, ainda está sendo aprimorada, e mais testes serão realizados antes de sua liberação para uso comercial.
Apesar de, neste momento, o foco estar na detecção de metanol, o professor Germano Vera afirma que o mesmo princípio pode ser adaptado para identificar outros tipos de substâncias tóxicas ou adulterantes em bebidas.
“A nossa demanda agora é para resolver um problema urgente de saúde pública, que é a identificação do metanol. Mas é possível, sim, adaptar o dispositivo para detectar outras substâncias perigosas no futuro”, explicou.
Reconhecimento nacional e importância para a ciência pública
A repercussão da pesquisa na CNN Brasil ressalta o papel fundamental das universidades públicas na produção de ciência aplicada e no enfrentamento de problemas concretos da sociedade brasileira. A inovação desenvolvida na UEPB mostra como projetos regionais, quando bem conduzidos, podem ganhar espaço no debate nacional e contribuir diretamente com políticas públicas de saúde e segurança alimentar.
A equipe da UEPB segue em testes e negociações com possíveis parceiros institucionais, incluindo secretarias de saúde e agências de fiscalização. Com o avanço do projeto, a expectativa é de que o canudo detector de metanol esteja disponível para uso em larga escala nos próximos meses.
Clique AQUI e confira a matéria na íntegra
Redação com CNN
Postado por Redação
Comentários
Outras Notícias

Economia
Lula anuncia programa de habitação para classe média; veja as regras
Ler Notícia

Paraíba
Mais de 1,8 mil famílias na Paraíba terão que devolver Auxílio Emergencial indevido
Ler Notícia

Paraíba
Sine-PB disponibiliza 500 vagas para Operador de Telemarketing em João Pessoa
Ler Notícia