BRASÍLIA — Em reunião com o presidente Jair Bolsonaro, realizada na manhã desta quarta-feira no Palácio do Planalto, representantes do WhatsApp reafirmaram que o lançamento no Brasil de um novo recurso do aplicativo, batizado de Comunidades, só ocorrerá depois das eleições. A empresa disse, no entanto, que a definição dessa data não faz parte do acordo firmado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
"A data de lançamento deste recurso no Brasil foi tomada exclusivamente pela empresa, tendo em vista a confiabilidade do funcionamento do recurso e sua estratégia de negócios de longo prazo. Essa decisão não foi tomada a pedido nem por acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)", disse a empresa, em nota divulgada após o encontro.
O Whatsapp acrescentou que continua a "avaliar o momento exato para o lançamento da funcionalidade no Brasil e comunicaremos a data quando estiver definida", destacando que "isso só acontecerá após as eleições de outubro".
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Bolsonaro havia criticado a possibilidade da decisão ter sido tomada como parte de um acordo com o TSE, chamando o fato de "inaceitável".
Estavam presentes na reunião o ministro das Comunicações, Fábio Faria, e quatro representantes do WhatsApp: Dario Durigan (head de Políticas Públicas para o WhatsApp na Meta Brasil), Guilherme Horn (head do WhatsApp no Brasil), Murillo Laranjeira (Public Policy Director na Meta Brasil) e Eduardo Lopes, (Public Policy Manager na Meta Brasil).
A funcionalidade Comunidades vai permitir a criação de subgrupos dentro de um grupo principal, para a discussão de diferentes temas. O usuário, ao ingressar em uma comunidade, poderá ver quais temas estão sendo abordados nas diferentes salas de bate-papo, escolhendo em qual quer ingressar.
De acordo com Fábio Faria, a empresa relatou na reunião que não há data definida para inaugurar o novo recurso em nenhum país.
— Eles não têm essa data em nenhum lugar do mundo. Eles não começaram a implementar esse novo recurso. Eles acham que isso vai ocorrer no segundo semestre. Não tem um mês, não tem nenhuma precisão em relação a isso.
O ministro relatou ainda que, após ouvir a explicação da empresa, Bolsonaro "entedeu completamente" e disse que o governo não pretende interferir no mercado.
— O presidente, depois que ouviu isso deles, ele entendeu completamente. Sendo uma decisão da empresa, é uma decisão do mercado. Não tem porque nem como o Poder Executivo.
Em fevereiro, o WhatsApp firmou, junto com outras redes sociais, um acordo com o TSE para combater a desinformação durante as eleições. A empresa, contudo, diz que o lançamento do Comunidades não faz parte desse acordo.
Postado por Redação
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