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Nas últimas semanas, com a queda nos casos e óbitos por Covid-19, um surto de outra doença tem chamado a atenção. Pacientes infectados com influenza A, mais especificamente a cepa H3N2, têm procurado os serviços de saúde para lidar com os sintomas da gripe.
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O vírus, que já provocou epidemia de casos no Rio de Janeiro, está em pelo menos outras 10 unidades da Federação, incluindo o Distrito Federal, de acordo com levantamento do Metrópoles realizado junto às secretárias estaduais. Com sintomas semelhantes aos da Covid — tosse, congestão nasal, febre e dor muscular –, é fácil confundir as duas doenças, e é preciso exame PCR para ter certeza do vírus responsável pela infecção.
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Distrito Federal, Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Rio Grande do Norte, Maranhão e Ceará já registraram casos de influenza. Goiás ainda não teve confirmação, mas monitora nove casos suspeitos da infecção pelo H3N2. Algumas unidades federativas alertam que o apagão de dados do SUS está dificultando a notificação de pacientes com o vírus, e os números podem ser maiores do que os divulgados até o momento.
“Desde o dia 9/12, os sistemas de informação federais estão indisponíveis, incluindo o SIVEP Gripe, onde são notificados os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e também de Covid-19, prejudicando a atualização das estatísticas estaduais. Consequentemente, o monitoramento das estatísticas fica impactado, dificultando a definição de estratégias de enfrentamento em momento oportuno”, informou, em nota, a Secretaria de Saúde de São Paulo.
A Secretaria de Saúde do Amazonas informa que o estado já registrou, desde o começo de novembro até a sexta-feira (17/12), 494 casos positivos de influenza, sendo 262 apenas na última semana. Porém, este é o período sazonal da doença no norte, onde fica a unidade federativa.
No Rio, cerca de 21 mil pessoas foram diagnosticadas com influenza nas três últimas semanas de novembro. No início desta semana, o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, afirmou à CNN que a capital paulista também vive surto da doença.
Maior circulação viral
O vírus da gripe, o influenza, não é novidade e reaparece todos os anos. A diferença é que ele costuma ocorrer nos meses de inverno, a partir de maio, e não às portas do verão. Por essa diferença, vários estados já estão pedindo atenção extra das unidades de saúde para casos suspeitos e reforço no protocolo de testagem.
Segundo o virologista Bergmann Ribeiro, da Universidade de Brasília (UnB), esta alta é causada pela volta das atividades e pelo relaxamento das medidas de proteção em um momento de baixa nos casos e óbitos por Covid-19.
Outra possível razão é a falta de adesão à campanha nacional de vacinação contra a gripe, que aconteceu durante a imunização contra o coronavírus. No Ceará, por exemplo, a taxa de cobertura de 2021 foi a menor nos últimos 23 anos. O imunizante também não mantém a mesma eficácia seis meses depois da aplicação, e os principais grupos de risco (idosos, crianças e gestantes) receberam a fórmula em abril de 2021.
Por último, o surgimento da cepa H3N2 Darwin, uma espécie de variante do influenza que pode escapar à proteção da vacina atual, estaria contribuindo para o aumento dos casos. O Butantan informa que, seguindo recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a nova fórmula do imunizante contra a gripe incluirá a cepa, e deve começar a ser produzida em janeiro.
Apesar de ter sintomas semelhantes aos da infecção causada pelo coronavírus, a gripe tem taxa de letalidade menor, entre 0,1% e 0,2%, enquanto a Covid tem entre 1% e 2%. A principal diferença é a gravidade dos sinais iniciais da gripe, que são mais fortes do que os apresentados pelas pessoas com Covid que já receberam vacinas.
Prevenção
Assim como a Covid-19, o vírus da gripe é transmitido pelo ar, e o uso de máscara de boa qualidade, distanciamento social e higiene das mãos são suficientes para evitar a contaminação. A vacina contra o influenza também protege, dentro dos seis primeiros meses após a aplicação, contra o H1N1 e H3N2, além da influenza B.
A recomendação é procurar uma unidade de saúde quando os sintomas incluírem falta de ar, pressão ou dor no tórax, e coloração azulada dos lábios ou rosto.
Postado por Redação
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