A Paraíba já possui alguns casos suspeitos de nova mutação do coronavírus sendo investigados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O secretário de Estado da Saúde, Geraldo Medeiros, informou que até o momento nenhum caso foi confirmado, já que trata-se de uma investigação minuciosa, realizada com sequenciamento genético do vírus.
''A boa notícia é que essa variação tende a apresentar um quadro clínico mais ameno e, pelo que se sabe até o momento, não deve interferir na eficácia da vacina'', disse Medeiros.
A má notícia, porém, é que essa versão do vírus pode ser até 74% mais contagiosa, conforme estimativas de cientistas britânicos. No Reino Unido, onde a variante já está em circulação, têm sido registrados mais de 50 mil casos de covid-19 por dia, o que levou o governo a decretar lockdown pela terceira vez.
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O secretário Geraldo Medeiros acredita que ainda é cedo para pensar em lockdown na Paraíba, porque a variante do vírus ainda deve demorar a se espalhar por aqui, embora sua disseminação seja inevitável. Medeiros espera que a vacinação dos grupos prioritários ocorra antes da variante se espalhar e permita um melhor controle sobre a epidemia no estado.
Ainda assim, o secretário permanece preocupado, principalmente por causa do período de veraneio. A expectativa é de praias lotadas em João Pessoa e Cabedelo neste mês, assim como bares e restaurantes. Além disso, nós ainda não conseguimos ver completamente os reflexos das festividades de natal e ano novo.
''A situação dos leitos foi estabilizada. Estamos numa situação confortável, mas isso não quer dizer nada, leito de UTI pra encher é rapidinho, em uma semana lota tudo'', comentou. Para Geraldo Medeiros, se não houver cuidado nesse período de veraneio, poderemos enfrentar uma avalanche de casos em fevereiro.
Embora parte da população não esteja mantendo o distanciamento social como deveria, o secretário destacou que muitos paraibanos têm sido compreensivos com as medidas para evitar a disseminação da doença.''A gente não tem como controlar tudo, mas o governo tem feito um trabalho de conscientização com a população e a imprensa também tem um papel muito importante pra isso. Uma parte da população está temerosa, até porque a essa altura todo mundo tem um parente ou amigo que morreu covid ou está internado com a doença'', afirmou.
Postado por Redação
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